quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Projeto Floresta Viva








A horta individual, foi uma das tantas ações desenvolvidas pelo projeto Floresta viva, na Escola Nossa Senhora de Fátima, Fazenda Boa Lembrança, no Assentamento Manoel Chinês. Este projeto foi avaliado pela coordenação da Educação do Campo da Escola Nossa Senhora de Fátima e observou-se  mudanças de atitude em relação ao meio ambiente e ao tratamento, separação e descarte do lixo, tanto nos alunos da escola quanto nas pessoas que fazem parte da comunidade local. Os momentos de estudo, reflexão, atividades e oficinas desenvolvidas nas áreas do conhecimento como: comunicação e expressão, linguagem matemática, ciências sociais, ciências da natureza e artes contribuiram significativamente para a construção da aprendizagem dos educandos. As oficinas de material reciclado e a produção da horta individual realizada inicialmente com a turminha da escola e em um segundo momento com as mães, também foi de grande valia para as pessoas da comunidade e uma alternativa para consumir folhas e legumes isentos de agrotóxicos. Parabéns pelo sucesso na aplicação do projeto Professora Norma.
E para quem gostou da postagem, segue o projeto para ser compartilhado com os colegas educadores. 


ESCOLA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Professora Norma Betânia Ferreira dos Santos Vieira
Projeto Floresta Viva

Tema: O Despertar de uma Consciência Ecológica

Apresentação/Justificativa:
Atualmente, vivenciamos as inúmeras ações que o homem vem realizando com práticas de desmatamento, visando seu próprio proveito, sem se preocupar com as gerações futuras. Essas práticas têm prejudicado não só as pessoas que vivem neste meio, mais o meio ambiente de modo geral, partindo desta realidade, foi pensado este projeto, para que os alunos  a comunidade refletir suas próprias ações.
O presente projeto foi realizado na Escola Nossa Senhora de Fátima, situada no Projeto de Assentamento Manuel Chinês, no município de Itabuna-Bahia, envolvendo a professora, estudantes, pais e avós de alunos.

Objetivo Geral:
Trabalhar com as temáticas e atividades sobre reciclagem de lixo, recursos ambientais, o meio ambiente e a importância da sua preservação, com estudantes da Escola Nossa Senhora de Fátima, situada no Projeto de Assentamento Manuel Chinês, no município de Itabuna-Bahia, de modo que sejam desenvolvidos entre os educandos hábitos de preservação ambiental e reaproveitamento do lixo.

Objetivos Específicos:
Perceber a importância de nossas ações no Meio Ambiente;
Contribuir para a conscientização dos educandos para o respeito ao Meio Ambiente, assim como da necessidade do reaproveitamento do lixo por meio da reciclagem.

Compreender o porquê das mudanças climáticas;
Preservar de forma consciente auxiliando as pessoas da comunidade na conservação do meio ambiente em que vive;


Metodologia/Ações
Análise da realidade ambiental na comunidade, estudo e pesquisa dos tipos de amostra de planta existentes na região feita por meio de pesquisa de campo, entrevistas e coletas de dados pelos próprios alunos com os moradores do local;
Visita ao depósito de reciclagem de lixo;
Mostruário com tipos de plantas encontradas no lugar onde os alunos moram.
Leitura e contação de história do livro “A árvore e o machado” de Sherney Pereira.
Coleta seletiva;
Mutirão de limpeza da represa vizinha à escola com a participação de pessoas da comunidade;
Produção de Placas educativas sobre o meio ambiente para afixar  próximo a represa;
Oficina de materiais reciclados, garrafas pets, CDs velhos, latas leite ninho, tampinhas de refrigerante, retalhos de pano, realizadas no primeiro momento com mães e pessoas da comunidade, no segundo momento realizado com os educandos;
Horta comunitária em vaso de garrafa pet;
Visitas as casas de alunos na comunidade, registrando com fotos, observando os tipos de plantas e arvores que por ali existem ou já existiram.


Fundamentação teórica:
A preservação do meio ambiente tornou-se assunto corrente em todos os meios, a preocupação com as alterações climáticas,crises no fornecimento de água, por causa da falta de chuva e da destruição dos mananciais, a extinção de espécies de plantas e animais, o descaso com as nascentes dos rios é a constatação de que se não fizermos nada para mudar, o nosso planeta se deteriorará de tal maneira que a vida como conhecemos poderá deixar de existir. Percebe-se a angústia nos versos dos que amam o planeta e querem contribuir para a sobrevivência das espécies em extinção.

Queria que o mundo fosse melhor...
Que o verde fosse preservado...
Que o homem, em sua busca incansável,
Encontrasse o equilíbrio das flores,
Que somente tiram da terra,
O essencial para a sobrevivência...
Sherney Pereira


Em todo o mundo cientistas e pesquisadores, membros de organizações e amadores se unem ao redor do planeta para discutir e levantar sugestões que possam trazer a solução, ou pelo menos diminuir o impacto da degradação causada pelo homem a cada dia.
O Assentamento Manuel Chinês está localizado numa região que assegura a manutenção da Mata Atlântica, que deve ser levado em consideração, consideradas como um bem comum.

As florestas existentes no território do Estado da Bahia e demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade ao meio ambiente e às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do Estado, observando-se o direito de propriedade, com as limitações que a legislação em geral, especialmente a Lei nº 6.569/94.
Políticas Florestais do Estado da Bahia Lei nº6569 de 17 de janeiro de 1994.

Algumas políticas públicas que visam à conservação do ambiente e a sustentabilidade são metas de qualquer governante, porém paralelo a essas ações governamentais, todo cidadão deve ser instruído diariamente e chamados a razão para os riscos ambientais nas intervenções que é feita na natureza, até nas mais simples ações cotidianas que impactam o meio ambiente a sua volta.
Dar destino correto ao lixo doméstico, não descartar sacolas plásticas em ribeiros, córregos e rios, por exemplo, evitaria que peixes e outros animais morram asfixiados, proteção das nascentes hídricas evitaria que os rios secassem ou reduzissem o volume de água, sem falar que a poluição de um rio prejudica vários animais e várias famílias que dele depende. E temos, ainda, que nos preocuparmos com a conscientização dos educandos que migram para a cidade, para que estes estejam conscientes de que precisam evitar os desperdícios, reduzir, reaproveitar e reciclar alguns utensílios e as demais práticas ambientais, sendo trabalhados com esses pequenos cidadãos, os danos que todos os dias são causados ao meio ambiente contribuindo para que no futuro a sustentabilidade ambiental seja levada em consideração nos assentamentos, fazendas e atividades econômicas de qualquer natureza.

Conclusão:
O mais importante de tudo é educar e fazer com que o cidadão comum entenda que tudo que ele faz ou fará, gerará um impacto no meio ambiente que o cerca. E que só com práticas e ações que visem a sustentabilidade dessas práticas, estará garantindo uma vida melhor e mais satisfatória, para ele mesmo e para as gerações futuras.

Resultados:
A visita exploratória nas redondezas da escola, contou com a companhia de alguns pais e avós que deram uma fugida de seus afazeres diários para acompanhar os filhos e netos. Os alunos bem agitados, olhos atentos e mil perguntas sendo feitas todas em uma mesma hora, no segundo momento em sala de aula, após a contação de história “A árvore e o machado” os alunos bombardeavam uns aos outros, os pais e a professora com questionamentos referentes ao passeio a fábrica de reciclagem ao meio ambiente e a preservação do mesmo.
As mães participaram efetivamente de todas oficinas com material reciclados com satisfação e entusiasmo e já podemos ver algumas práticas adotadas na hora de dispensar o lixo domestico e fazer as hortas domésticas.
Esperou-se que com este projeto a comunidade local percebesse a importância de se preservar o Meio Ambiente iniciando este cuidado pelo próprio lar, a partir daí criar ações ao redor da escola, na comunidade, no assentamento ao qual eles pertencem e onde poderem contribuir, pois a conservação implica numa melhor qualidade de vida, acreditamos que as mudanças de atitude são fundamentais para sobrevivência do planeta e conseqüentemente dos  seus habitantes.


Referências:
CARTILHA DE RECOMPOSIÇÃO FLORESTAL DE MATAS CILIARES. Florestas Solo Água nos Rios: 2000.
DALMORA, Eliane e Pires, Paulo José da Fonseca. Sociedade e Meio Ambiente. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. Santa Catarina. Editora Grupo UNIASSELVI.2008.
DIAS, Genebaldo Freire. Elementos para capacitação em educação ambiental. Ilhéus: Editus, 1999. 186p.
PEAS. Educação Ambiental para a Sustentabilidade. Série Caderno de Educação Ambiental 1. Instituto de Gestão das Águas e Clima.2010.
PEREIRA, Sherney de Souza. A história da Árvore e do Machado. Ilhéus.Núcleo de Estudos Afro-baianos Regionais.2004.
POLÍTICAS PÚBLICAS DO ESTADO DA BAHIA. O Futuro de Nossas Florestas está em suas mãos: Lei nº6.569 de 17 de janeiro de 1994 Decreto nº 6785 de 23 de setembro de 1997. Diretoria de desenvolvimento Florestal. Salvador.1994.
TRILHA DAS ÁGUAS. Boletim Informativo do Instituto de Gestão das Águas e Clima. Janeiro. 2009.
________. Série Caderno de Educação Ambiental 3. Instituto de Gestão das Águas e Clima.2010.
VIZENTIN, Caroline Rauch e Franco,  Rosemary Carla. Meio Ambiente: do conhecimento cotidiano ao científico. Curitiba : Base Editorial, 2009. 96p.

2 comentários:

  1. Parabéns! O projeto é muito bom.

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    1. Obrigada, baby. Fico feliz pelo elogio e triste por que você não se identificou para eu te agradecer melhor.Bjos. Crys Educadora.

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