quinta-feira, 30 de junho de 2011

FECHAMENTO DE 24 MIL ESCOLAS DO CAMPO

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From: santo.cinico@gmail.com
Date: Tue, 28 Jun 2011 17:03:07 -0300
Subject: [educampovc] "Fechamento de 24 mil escolas do campo é retrocesso", afirma dirigente do MST

 

"Fechamento de 24 mil escolas do campo é retrocesso", afirma dirigente do MST

28 de junho de 2011

http://www.mst.org.br/Fechamentos-de-escolas-do-campo-e-umretrocesso-afirma-erivan-hilario-mst

Anexos de Gisiane Vieira Anana incluídos abaixo]
Quanto à Escola que queremos??? Queremos uma Escola Cidadã!
A escola precisa sentir-se parte integrante de um mundo que se transforma a cada dia e que necessita integrar-se cultural, mas, sobretudo socialmente. A escola precisa “assustar-se” com o que ela foi, e ainda é, para poder reorientar-se para ser um instrumento dos sonhos do século XXI. O que importa, realmente, é que a escola seja capaz de reinventar-se a cada momento para poder ser uma resposta adequada aos desafios que lhe vêm de um mundo em constante transformação e carente, cada dia mais, de valores éticos que possa sinalizar o caminho do crescimento solidário, universal, sustentado e libertador.
É esta escola sintonizada com o presente e com o futuro que todos devemos construir se quisermos merecer o respeito das próximas gerações. A escola, para ser fiel à sua missão, deve educar-se a si própria, a fim de servir corretamente o homem na construção do futuro, e deve ajustar sua estrutura e seus processos às novas exigências da sociedade. O fundamental não é mais fazer funcionar a escola, mas impregná-la da consciência da necessidade de sua constante invenção pela modificação de seus paradigmas, de seu projeto, de sua forma, de sua estrutura e de seus métodos.
A escola que é preciso inventar é aquela que possibilita uma formação tecnológica, humanista e ética e que educa pessoas para a aprendizagem permanente e interminável. A escola que é preciso inventar é aquela que estará sempre aberta a todos, e professores e alunos se alternarão na arte de ensinar e de aprender. Ela formará pessoas para a vida e não apenas para aprisioná-las numa profissão. Ela será o local privilegiado para a criação “de ideias, de pensamentos e de meios de promoção cultural para toda a sociedade (Cristovam Buarque), já que a sociedade como um todo será sua verdadeira “cliente” e a razão de ser de tudo o que ela fizer”.
Que a escola seja um ambiente privilegiado para o debate da cidadania, da liberdade, da responsabilidade, da lei, do governo, da justiça social, da democratização do poder, do respeito ao social, da igualdade das oportunidades, da estrutura de governo, dos preconceitos sociais, das minorias e dos marginalizados.
A escola precisa ser , ela mesma, cidadã para poder, pelo seu exemplo, educar seus alunos para a cidadania responsável e para a busca permanente da excelência em sua forma e maneira de viver. A escola cidadã revê sua forma de ensinar, a instrução, para adequá-la ao estilo de aprendizagem dos alunos. A escola cidadã cria serviços de apoio aos alunos e às suas famílias para facilitar a aprendizagem e maximizar os resultados do esforço dispendido.
A escola cidadã utiliza recursos tecnológicos que facilitam o ensino e a aprendizagem. A escola cidadã respeita as pessoas e promove seus valores e seu desenvolvimento. Somente a escola que souber aprender é que será capaz também de ensinar, construindo seu futuro pelo trabalho e pelas idéias de todas as pessoas, e não apenas dos líderes que a administram.
A escola precisa ter consciência de seu papel como agente de transformação na vida dos cidadãos e como local privilegiado para a descoberta e o reforço dos valores éticos que garantem a qualidade das relações humanas dentro da sociedade. A escola precisa resgatar os valores fundamentais da vida, do conhecimento e do trabalho e motivar as pessoas a vivê-los de forma cada dia mais intensa.
A escola precisa saber e dizer a que veio, resgatar sua identidade, ser fiel à sua missão e buscar a excelência em todos os pontos. Esta é a escola que a sociedade necessita: a escola cidadã!

(Trechos extraídos do livro “Gestão da Qualidade na Escola” – João Catarin Mezomo – Ed. Loyola – SP).

"Não é possível tratar da educação libertadora, sem pensar que a pedagogia
também precisa ser libertadora. Como Paulo Freire definia:
(...) aquela que tem que ser forjada com ele (oprimido) e não para ele, enquanto
homens e povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade.
Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos
oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua
libertação, em que esta pedagogia se fará e refará. O grande problema está em
como poderão os oprimidos, que “hospedam” o opressor em si, participar da
elaboração, como seres duplos, inautênticos, da pedagogia de sua libertação."
(FREIRE,1987 p.32)